De Olho no Draft #7: Um novo campo para o futebol — Conhecendo os aspirantes à Kings League Brazil

Escrito por:

Thalve Pereira

Os jogadores irão ser escolhidos pelas equipes no evento do dia 24 de fevereiro

No Brasil, futebol é sinônimo de sonho e superação. Para muitos jogadores o talento se manifesta cedo ‒ em campeonatos escolares, no campinho do bairro ou na várzea. Mas poucos encontram o caminho para o profissional. Este ano, a Kings League Brazil surge como uma nova porta de entrada para o futebol competitivo, e para um grupo seleto de jogadores, essa é a grande chance.

Com ex-jogadores e influenciadores no comando dos times, a Kings League Brazil traz um modelo inovador e regras próprias, no próximo dia 24, acontece o Draft que definirá os times do campeonato. Nesse artigo, conversamos com oito jogadores que vivem a expectativa de entrar para essa nova era do futebol, eles não são estrelas ainda – mas podem ser os novos rostos desse novo futebol.

Cada jogador chega ao Draft com a sua própria história, muitos altos e baixos pela profissionalização no futebol. Para alguns, o futebol sempre foi um sonho ininterrupto; para outros, um desejo interrompido por circunstâncias da vida. Gabriel da Silva, por exemplo, joga na várzea desde os 15 anos, mas nunca teve a oportunidade de atuar profissionalmente. Já Vitor Esteves trilhou um caminho promissor ainda na infância: aprovado na base do Corinthians aos dez anos, viu-se forçado a fazer escolhas que o afastaram do futebol profissional. Ainda assim, nunca desistiu. Depois de anos entre campeonatos de várzea e society, chegou à Kings League World Cup, no México, disputando pelo Fúria FC. Agora, ambos encaram o Draft como a grande chance de finalmente transformar sua trajetória no esporte.

“Será uma experiência incrível e abrirá muitas portas novas na minha vida. Estarei pronto para qualquer desafio que vier”, nos conta Thiago Nascimento, que começou no futebol molequinho. Com seis anos jogava na escolinha do Corinthians mas nunca conseguiu uma chance de verdade até entrar para a modalidade do Fut7, e em 2021, foi campeão do campeonato paulista pelo Ponte Preta, vencendo prêmios importantes como Chuteira de Ouro de São Paulo e Vice Artilheiro do Campeonato Brasileiro. Então, no ano seguinte adivinha só? Foi jogar Fut 7 no Corinthians. O caminho não é fácil, desde os Tryouts até o Draft cada jogador precisa se destacar entre centenas de concorrentes. “De todas as peneiras que fiz essa da Kings League foi a mais estruturada em relação a avaliação dos atletas: físico, passes, coletivo, raciocínio. Acredito que se os clubes de futebol adotassem esse estilo teríamos muito mais craques a serem revelados”, comenta Josué dos Santos.

Como a maioria, Josué começou no futebol ainda criança, com oito anos participava de peneiras e jogava na base de times paulistas. Porém, devido a uma lesão abrupta ainda jovem o sonho de profissionalização foi paralisado. Apesar disso, o amor pelo futebol fala mais alto ele passou a produzir conteúdos sobre a categoria para a internet, além de continuar jogando muito pela várzea paulistana. Agora, encontra na Kings League Brazil a chance de alcançar um patamar maior.

Mas a incerteza também pesa, e cada um tem sua estratégia para lidar com a ansiedade. “Eu não vou negar que estou ansioso, são muitos bons jogadores disputando pela vaga, pessoas com histórico em alguns dos clubes. Mas confio em Deus, acredito que, se for da vontade dele, terei minha vaga! Seria uma honra e um privilégio para mim vestir a camisa de qualquer um [dos times] e participar da liga”, diz Moisés Velozo.

Moisés sonha em ser jogador desde criança, mas sem investimento, treinava em um projeto social perto de casa. Cresceu e acumulou experiência em ligas amadoras e torneios de futsal. Ele enxerga na Kings League Brazil a chance de transformar seu sonho em realidade.

Thiago compartilha a mesma expectativa. Depois de passar pelas categorias de base e se destacar no Fut7, ele vê o Draft como um momento decisivo. “Será uma experiência incrível e vai abrir muitas portas na minha vida. Estou pronto para qualquer desafio que vier.”

A presença de ex-jogadores e influenciadores à frente das equipes trouxe ainda mais expectativa para os atletas. Mas para alguns, o mais importante é entrar na competição, independentemente do time.
“Preferência é realmente entrar na competição. Independente da camisa vou defender com unhas e dentes, estou muito pronto para isso.”, afirma Murilo Franco.

Dizem por aí que Murilo começou chutando já na barriga da mãe e com cinco anos decidiu que seria jogador. E zagueiro, porque sempre foi alto. Com onze, jogou o primeiro campeonato paulista pelo Rio Branco de Limeira e daí em diante foram muitas competições por todo o estado de São Paulo. Mas o campo fazia exigências impossíveis para a sua vida, mas com a ascensão do Fut7, encontrou um novo caminho para o futebol e, agora, quer aproveitar a Kings League Brazil para provar seu valor.

Gabriel da Silva concorda: “Claro que a gente sempre quer jogar com os melhores, mas não tenho uma preferência”.
Esse, sempre jogou muito na várzea, mas nunca teve a chance de atuar em uma liga grande. Para ele, a Kings League Brazil representa mais do que um torneio – é a chance de mostrar que o talento da várzea pode competir de igual para igual com atletas que passaram por clubes profissionais.

O impacto do campeonato na vida de cada um é individual mas é inegável que também influencia diretamente o esporte, “Espero que seja uma competição bem disputada, é um estilo de jogo inovador que todos estão conhecendo. Aumentará muito a visibilidade do fut7”, avalia Raphael Pablo.

Raphael deseja se profissionalizar no que mais gosta de fazer. Desde os sete anos, quando vestiu a primeira chuteira, a vida dele virou uma correria. Jogou por diversos times paulistas da base até o sub-20, em 2020, recebeu um convite para jogar em Portugal mas, a pandemia, interrompeu o sonho antes de começar. Enquanto cursava faculdade, surgiu outra chance de jogar no exterior, dessa vez, infelizmente um golpe, que abalou sua confiança. Com o apoio da família voltou ao Brasil determinado a continuar perseguindo seu sonho. Agora, pretende agarrar a oportunidade da Kings League Brazil e dar a volta por cima.

Josué vai além, “Acredito que a Kings League Brazil pode ser um divisor de águas para o Fut7. O campeonato pode ajudar a profissionalizar a modalidade, trazendo mais estrutura, visibilidade e até novas oportunidades para jogadores e criadores de conteúdo”.

Para esses oito jogadores, a competição é mais do que um torneio. É uma oportunidade única de mostrar talento, conquistar reconhecimento e, quem sabe, dar um novo rumo às suas carreiras. Carlos Eduardo, que também disputará o Draft, vê essa oportunidade como um verdadeiro ponto de virada: “Vai mudar minha vida! Vou estar entre os melhores, jogando contra os melhores e disputando uma das maiores competições. ”Carlos começou no esporte por conta do irmão, lá em 2012, no Rio de Janeiro. Jogavam no time de futsal da escola, e de tanto acompanhar o irmão, se apaixonou pelo esporte e passou a ir aos treinos sozinho. Ali nasceu seu sonho de bola de ouro. De projetos pelo Rio a clubes independentes, foi se aprofundando no futebol até chegar ao Draft. Agora, vê a competição como o grande momento de alavancar sua carreira.

A Kings League Brazil chega para mudar o jogo, abrindo portas para novos talentos e ampliando o alcance do Fut7 no país. No dia 24, alguns terão seus nomes chamados no Draft e darão o primeiro passo para escrever uma nova história no esporte.

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203 – Gabriel da Silva – @gabriel_repulho_09

191 – Josué Dos Santos – @_johcampos

189 – Carlos Eduardo José – @cadumz6

198 – Raphael Pablo – @raphaelpablo10

192 – Victor Cucio Esteves – @vitinhoesteves10

188 – Moisés Velozo – @moises_velozo

187 – Thiago Nascimento – @thiago.00t

199 – Murilo Franco – @muriloafranco

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